quinta-feira, 31 de agosto de 2006

É a loucura.

É, ela mesma: a loucura.
Desce a garganta, o licor agridoce
Olhar pássaros e correr dedos nas grades
Incerteza se é teto ou é céu
Som seco de harpa tocada em fim de tarde
Calor permeando véus, vidas e cidades
Ela mesma, a loucura que mora debaixo das unhas
Num espasmo respirar ao contrário
Fechar as mãos sobre os tecidos celestes
A boca seca engolindo em êxtase
Um sonho virado do avesso
É ela, a loucura e o começo.
A irmã, a amante e a filha
Arranhão no rosto branco e penas de asas
Cair no abismo e engolir o calor do vermelho
É ela. Ela, a loucura,
Vomitando verdade nas costas do tempo
Estômago em chamas, olhar de vidro
Beijar a própria boca
Olhando o espelho.

1 Comentários:

Às 11:53 PM , Blogger Cintia disse...

Passei pra deixar um oi... e pra dizer que atualizar de vez quando é bom ;o)

Bjim

 

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