sábado, 7 de junho de 2008

Ooops

Eu estava aqui, mas agora eu estou lá.

Ora, vamos! Vai me dizer que isso te surpreendeu?

Se vai reclamar, reclame , e aproveite para ler as novidades...

Anda...

Vai logo...

Eu já fui.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Momento diarinho

Um mês sem postar, e depois eu não sei por que esse blog não deslancha... rs.

Ok, como dizia o Tio Jack (O Estripador), vamos por partes.

Minha mãe esteve doente, passou por cirurgia, e já voltou para casa. Ela está se recuperando super bem, e com ela agora está tudo numa boa. Eu continuo nos meus afazeres de escrava doméstica, mas finalmente pegando o jeito da coisa... Note-se que eu não disse que estou gostando, apenas que estou me acostumando.

Nesse meio tempo, consegui fazer uma viagem que estava devendo faz tempo. Passei uns dias em Contagem (MG), e o tempo passou voando nesses dias. Eu me diverti demais, conheci um monte de gente doida muito legal. Eu acordei cedo para pegar o metrô lotado e correr atrás de ônibus mais lotado ainda; tive um momento paty com a minha amiga e fomos às compras; treinei minha alquimia na cozinha da minha amiga (e deixei os destroços pra ela limpar)...

E nesta última semana estou curtindo uma gripe "daquelas". Tenho montes de coisas para fazer, mas vontade nenhuma, até pensar dói. E as tarefas vão se acumulando... Eu não vou continuar a história do post anterior, pelo menos por enquanto. As musas saíram para a balada e estão de ressaca. Eu tinha que dormir, mas já é quase 6 da manhã e sempre que eu me deito, o nariz tampa e minha cabeça parece que vai inchar e explodir.

Nos próximos dias, vou recolocar meus piercings. Entre novos e antigos, serão 7 no total. Se der vontade, posto fotos e blá blá blá. Prometo postar novamente em menos de um mês, nem que seja outra bobagem como esta, só para manter o ritmo.

*mostra cenas do próximo capítulo e entra a música de encerramento*

quarta-feira, 12 de março de 2008

Título pendente

Ela vestiu o velho vestido cinza mais uma vez, e não havia nada que pudesse ser feito a respeito. O pano puído assentava-lhe confortavelmente no corpo, e apesar da aparência tão gasta, ela sabia que o vestido estaria sempre ali. "Essas coisas duram para sempre", pensou, olhando-se no espelho sem interesse. Suspirou e saiu do quarto, passos lentos de quem não está indo a lugar algum.

Atravessando o corredor, ouviu passos leves e furtivos, acompanhando-a. Não era uma surpresa. Passou por mais dois cômodos até chegar ao hall da frente, e por todo o caminho outros passos juntaram-se aos seus. "Curiosos e oportunistas", pensou consigo mesma. Saiu para a varanda, sentiu a brisa noturna acariciar-lhe os cabelos. Sentou-se nos degraus e esperou.

A primeira figura que se aproximou veio pelo jardim, andando meio encurvada, os olhos carregados de dor, o rosto contorcido pelo sofrimento. Estendeu as mãos para a mulher na escada, que não se moveu.

- Me abrace - disse a figura com voz suplicante.

- Se eu lhe estender a mão, você vai me morder. De novo.

A figura aproximou-se assim mesmo, e sussurrou-lhe muitas coisas ao ouvido. Falou de todas as velhas feridas, mas nada disso abalou a mulher. Eram velhas feridas que talvez nunca cicatrizassem, porém elas já não sangravam mais. Vendo que a mulher não vacilava, a Agonia afastou-se, arrastando-se pelo jardim. Deixava sua sombra pairando sobre a mulher. Talvez para sempre.

Em seguida, uma velha aproximou-se silenciosamente pelas suas costas. "Sempre sorrateira", pensou a mulher na escada, sem se mover.

- Você não é mais tão jovem, não é mais aquela adolescente que podia ficar esperando por dias melhores. - disse a velha.

- Não, não sou.

- E o que você tem? Um arremedo de vida. Migalhas de afeto, nos melhores dias. Relacionamentos de muita cortesia e pouca sinceridade...

- Eu tenho isso. - interrompeu a mulher.

A velha calou-se por um momento, olhando ao redor. Havia ali apenas campo aberto até onde os olhos podiam alcançar. Como não havia nada ali que pudesse ser visto, a velha lançou um olhar interrogativo para a mulher na escada, que respondeu calmamente:

- Tenho esse imenso vazio, essa colossal solidão que me cerca, esse isolamento infinito. Foi isso o que construí por toda minha vida. Eu sei disso tão bem quanto você, e sei de todas as minhas dores e desamores. Você pode ficar remoendo essas coisas o quanto quiser, mas não precisa me falar delas, porque eu nunca as esqueço.

Diante da calma com que essas palavras foram ditas, a velha recolheu-se. Não foi embora, apenas afastou-se um pouco, e ficou olhando, resmungando baixo desventuras de toda a vida. A Tristeza não a deixaria tão fácil, era uma velha muito esperta e insistente.

Sentada na escada, a mulher olhava para a noite vazia. Um pequeno enfeite desprendeu-se da barra do seu vestido e rolou pelos degraus, desaparecendo na grama. A mulher passou a mão no tecido onde o enfeite estivera preso, sem dar muita importância. Era apenas mais uma pequena desilusão, apenas mais um pequeno pedaço de beleza que ela perdia.

A mulher sentada na escada permaneceu em silêncio, imóvel. Estava imaginando como uma história assim poderia acabar...

segunda-feira, 10 de março de 2008

A nova novela online

Pois é, eis que estou voltando. De novo. Mais uma vez. E dessa vez, como em outras, a culpa é da Lomyne, que voltou também e disse que ia me bater se eu não voltasse... rs.

Mas falando sério, a Lomyne foi encontrar um post meu de 2003, quando eu disse que ia abandonar o blog e depois voltei atrás por insistência dela e do Paulo. Aliás, vou até copiar o post aqui:

Quarta-feira, Maio 21, 2003

EU ME RENDO!

Eu disse que ia sumir, etc e tal, num daqueles famosos momentos "tô largando tudo". E já estou voltando atrás, olha eu aqui de volta... rs.
E ainda vou apontar os culpados: todos meus amigos de blog, as pessoas incríveis que conheci por aqui, e que me deram uma força e me fizeram ver que nada é tão drástico como eu costumo pensar que é. ;-) Dois desses culpados, os principais, são o Paulo e a Lomyne, que me mandaram uns e-mails para desarmar qualquer defesa (aquela muralha que a gente ergue quando está emburrado, sabe?). Os dois me pegaram de surpresa, são pessoas que acompanho já a algum tempo, e admiro um bocado em muitos sentidos.

Céus, um post de 2003! Estou me sentindo velha e acabada, uma vovozinha brincando de blog... rs. E mesmo passado tanto tempo, esses dois continuam sendo pessoas que eu adoro e admiro muito.

Bom, parece que eu já enrolei um post inteiro aqui, né? Aguardem o próximo capítulo da nossa novela "O Eterno Retorno da Engel Blogueira"...

*passa os créditos*

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A Queda

Os caminhos que percorri me trouxeram de novo ao precipício, como tantas vezes antes. Se vou pular? Claro, sem dúvida que sim, como sempre foi.

Lembro-me de outros tempos, de estradas intermináveis, de asfalto rolando e vidas passando às margens de nós. Lembro dele, meu grande anjo da guarda com cara de mau. Eu adorava a cobertura de machão malvado, e sabia que seu recheio era tão doce.

Mas hoje não há mais estradas para mim, não passo mais os dias rodando e rodando. Continuo a pé, explorando novos caminhos, achando todos os meus próprios precipícios, para então pular. Um instante de hesitação, de puro medo, e então a queda. Vento nos cabelos, a liberdade definitiva, o corpo solto no ar, sem ligações com o mundo, apenas consigo mesmo. Haverá impacto, dor e lágrimas, sempre há. E vai levar tempo até que eu possa andar pelos meus caminhos de novo, e achar o próximo precipício. Mas nada disso pode impedir aquele passo rumo ao espaço vazio. Eu me atiro de cabeça, de coração e alma, sinto a adrenalina e vejo as cores saltando do mundo.

Não há ninguém lá embaixo de braços abertos, esperando para me salvar. Nem eu quero isso, não mais. Existem sim outros e outras, e mesmo que haja silêncio entre nós, sempre existe uma compreensão, uma ligação, um pensamento, um carinho que não precisa ser declarado. Eu caminho só, mas levo muitos comigo.

Todo mundo precisa de algo só seu, não é? Eu tenho a queda, o giro vertiginoso do mundo que me puxa de volta para si. Talvez um dia eu seja como Ícaro e ganhe asas para voar para sempre. Ou pelo menos o suficiente para tentar alcançar o sol, e depois ser puxada mais uma vez para o abraço do mundo que reclama minha ausência.

Por enquanto, o chão está tão longe, e o infinito parece tão próximo. Não ouso fechar os olhos, o momento tem que ser apreciado com todos os sentidos.

Nos vemos lá embaixo.