Este é um lugar só meu, onde ninguém mais pode chegar, onde ninguém jamais vai me encontrar. Mas não estou sozinha, há muitas de mim por aqui. Imperfeitas, incompletas, incompreensíveis, irracionais, instáveis. Fragmentos de mim que nem sempre se encaixam, que quase nunca se entendem.
Se eu sou um enigma, decifra-me ou devoro-te.
– Mas eu não quero me encontrar com gente louca – observou Alice.
– Você não pode evitar isso – replicou o gato. – Todos nós aqui somos loucos. Eu sou louco. Você é louca.
– Como sabe que eu sou louca? – indagou Alice.
– Deve ser – disse o gato – ou não estaria aqui.